PRINCIPAIS DIFICULDADES RELATADAS PELAS MÃES E OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARA MANUTENÇÃO DA AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA.
1poliane alves de brito,2Patricia Fernandes Massmann 1BOLSISTA DE EXTENSÃO,2ORIENTADOR polianealvesbrito@gmail.com
RESUMO
A organização mundial da saúde (OMS) recomenda que a amamentação exclusiva ocorra durante os 6 primeiros meses de vida da criança, podendo se estender enquanto houver o desejo da criança e da mãe em amamentar. Foi publicada, em 1984, uma analise demonstrando que a amamentação exclusiva até os 6 meses trás benefícios significativos a vida da criança e da mãe, como,proteção imunológica ao bebê, evitando que ocorra mortes por doenças infecciosas, além de auxiliar na recuperação pós parto da mãe e melhorar o vinculo mãe e filho. Os profissionais de saúde têm papel fundamental no auxilio á amamentação, através de orientações individuais e/ou coletivas, despendendo assistência e preparo que vão desde a gestação e devem ser continuados durante toda a fase de lactação, visando promoção, manutenção e proteção do aleitamento materno. Objetivou-se verificar as maiores dificuldades relatadas pelas mães aos profissionais de saúde para a manutenção do aleitamento exclusivo e as adversidades enfrentadas pelos profissionais na promoção do aleitamento. Trata se de um estudo de abordagem quáli-quantitativa. A pesquisa foi realizada em uma unidade de saúde do município de Barra do Garças/MT, através de um questionário semiestruturado desenvolvido pelos membros do projeto NAAME e aplicados aos profissionais de saúde. De acordo com os dados obtidos, 62% da equipe acreditam que a responsabilidade de repassar as informações a respeito da amamentação exclusiva seja do enfermeiro, 75 % dos profissionais relataram que as mães citaram a fissura e a mastite como as principais dificuldades causadoras da desistência do AME,seguido da falta de informação e ausência de saciedade do bebê após a mamada, ambos com 62%. Quando verificado o relato dos profissionais quanto às dificuldades para abordar o tema, emergiram-se três categorias; a falta de educação permanente e capacitações sobre a temática, profissionais que relatam não ter dificuldades e a aceitação restrita das orientações por parte do paciente e família. Conclui-se que mesmo com tantas informações disponíveis a respeito do AME a falta de orientações e a dificuldade na forma de transmitir essas informações às mães, assim como a falta de capacitações aos profissionais de saúde faz com que a assistência prestada não surta a eficácia esperada, levando muitas mães ao desmame precoce, perdendo todos os benefícios que a amamentação traz tanto para ela quanto para a criança.
PALAVRAS-CHAVE
Aleitamento materno; profissionais de saúde; desmame precoce.