Universidade Federal de Mato Grosso

Um relato de experiência entre residência pedagógica e estagio supervisionado

1Frederico Jorge Saad Guirra,2Augusto Alves da Silva,3Flavia Brito Elias,4Keithy Krabbe de Almeida,5Nágilla Lima da Silva Rodrigues,6Maria Auxiliadora Taveira Lopes
1OUTROS,2OUTROS,3OUTROS,4OUTROS,5OUTROS,6OUTROS
fredguirra@uol.com.br

RESUMO

Um relato de experiência entre residência pedagógica e estagio supervisionado Frederico Jorge Saad Guirra Universidade Federal de Mato Grosso, Pontal do Araguaia, Mato Grosso, Brasil Maria Auxiliadora Taveira Lopes Universidade Federal de Mato Grosso, Pontal do Araguaia, Mato Grosso, Brasil Augusto Alves da Silva Universidade Federal de Mato Grosso, Pontal do Araguaia, Mato Grosso, Brasil Flavia Brito Elias Universidade Federal de Mato Grosso, Pontal do Araguaia, Mato Grosso, Brasil Keithy Krabbe de Almeida Universidade Federal de Mato Grosso, Pontal do Araguaia, Mato Grosso, Brasil Nágilla Lima da Silva Rodrigues Universidade Federal de Mato Grosso, Pontal do Araguaia, Mato Grosso, Brasil Resumo O presente relato de experiência tem o intuito de mostrar a importância da formação docente, ressaltando a contribuição do estágio supervisionado e o projeto residência pedagógica fazendo uma contraposição entre eles. Para efeitos deste estudo, a análise dos dados parte da premissa básica contida no Projeto Pedagógico do Curso- PPC. Pode-se afirmar que a principal missão do curso é formar professores para a Educação Básica, para as escolas, tendo como preocupação a formação humana referenciada. Porém, quando comparamos a vivencia do estágio supervisionado com a residência pedagógica, de acordo com a fala de cada integrante que fizeram parte desse relato, podemos perceber que o programa contribuiu somente de forma positiva na formação acadêmica, pois através do programa tivemos uma oportunidade maior de vivenciar o cotidiano escolar, o que ultrapassou o que vimos no estágio supervisionado. Palavras chaves: Formação. Estágio supervisionado. Residência Pedagógica Introdução A nossa trajetória na graduação, no curso de licenciatura em Educação Física do Centro Universitário do Araguaia/UFMT, foi um tanto quanto contraditória: o curso é tido como licenciatura, mas percebe-se que a maioria dos professores estão voltados para outra formação. Como formar professores se eles estão voltados para outra área de formação docente? Deixam, assim, à docência de lado, dando um olhar maior para bacharelado, esquecendo que o curso é voltado para a licenciatura e que esse fator é de grande importância para a formação dos futuros professores (AMBROSETTI,2013, p. 153). A estrutura pautada no curso de educação física do campus Araguaia MT, está habitada em licenciatura, desenvolvida com um total de 3224 (três mil duzentas e vinte e quatro) horas, distribuídas em 448 (quatrocentas e quarenta e oito) horas de prática como componente curricular, 400 (quatrocentas) horas de estágio, 200 (duzentas) horas de atividades teórico-práticas, horas estas distribuídas em, 200 horas no ensino fundamental e 200 horas no ensino médio, para o estágio obrigatório a todos os acadêmicos do curso. Assim como o estágio o Instituto de ensino superior- IES dos estagiários contem projetos com o intuito de preparação e formação de futuros professores, os alunos podem participar através de uma seleção por coeficientes ou provas seletivas. Neste sentido, o Governo e o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, no uso das atribuições conferidas pelo art. 26 do Decreto nº 8.977, de 30 de janeiro de 2017 (PORTARIA CAPES, 2018, p. 1). Objetivo Geral: - Apresentar uma contraposição do estágio supervisionado com residência pedagógica. Objetivos específicos: - Apresentar a importância do estágio supervisionado e sua interligação com a residência pedagógica. - Relatar a experiência dos residentes junto ao curso de Educação Física do CUA. Educação Física no Campus Araguaia –MT e o Estágio Curricular O Curso de Educação Física, licenciatura, do Campus Universitário de Araguaia- UFMT, criado em 23 de abril de 2007 por meio da Resolução Nº 34 do então Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Mato Grosso teve como finalidade, implementar uma proposta para formação de professores com inserção qualitativa em espaços de educação, com capacidade para trabalhar com práticas educativas e pedagógicas que envolvam práticas corporais em diversos contextos socioculturais. Dentro desse olhar, destacamos as bases curriculares que vinculam os cursos de licenciaturas um deles é a importância do estágio supervisionado nos cursos de licenciatura como componente comum curricular no qual auxilia na formação do futuro docente, de acordo com resolução 002/2016 Art. 1º Estágio supervisionado é processo educativo escolar, de caráter obrigatório para os cursos de Licenciatura, desenvolvido em ambientes formais e não formais de educação, que visa à preparação para o exercício da docência das/dos licenciandas/os. Art. 2º O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso e busca conhecer e reconhecer a realidade do Ensino Básico em sua organização, funcionamento, estrutura e relações sociais e humanas entre os diferentes segmentos presentes na comunidade escolar, com ênfase para a prática pedagógica nela desenvolvida, além de integrar o itinerário formativo da/do licencianda/o. Dessa forma, o objetivo central do estágio é a aproximação da realidade escolar, para que o aluno possa perceber os desafios que a carreira lhe oferecerá, refletindo sobre a profissão que exercerá, integrando o saber fazer obtendo (in) formações e trocas de experiências (BORSSOI, 2008, p. 02). De acordo com (silva, 2005, p. 7) o Estágio Curricular é um desafio em relação teoria e prática, sinaliza a necessidade de aprofundar questões relacionadas ao estágio no confronto das duas lógicas, compreendendo a da profissionalização técnica, priorizando a dimensão tecnológica do pensamento; e a da formação. Assim, como ressaltamos a importância do estágio curricular, também levaremos em conta os projetos disponibilizados pelo Instituto de Ensino Superior (IES) que corroboram com a formação do docente, sendo um deles, a residência pedagógica, que vem contribuindo para essa formação. Histórico da Residência Pedagógica Conforme (Capes 06/2008 p. 17) o Programa de Residência Pedagógica (PRP) é uma ação implementada pela Capes para atender aos objetivos da Política Nacional de Formação de Professores da Educação Básica do Ministério da Educação. Fomenta projetos que estimulem a articulação entre teoria e prática nos cursos de licenciatura, conduzidos em parceria com as redes públicas de educação básica. De acordo com o Ministério da educação (2018, p. 1) a Residência Pedagógica é uma atividade de formação realizada por um discente que já concluiu cinquenta por cento do curso de licenciatura, devendo estar regularmente matriculado, sendo o projeto desenvolvido numa escola pública de educação básica, denominada escola-campo. Resultados Importância da residência pedagógica sob a visão dos acadêmicos Para um acadêmico se tornar um bom professor, necessita não somente do conhecimento teórico, mas de uma boa iniciação ao exercício da prática docente. Com o objetivo de demonstrar essa importância na formação dos futuros professores é que relataremos as experiências vivenciadas enquanto residentes do Programa de residência pedagógica (PRP). Segundo Scalabrin, (2013, p.2) a educação é a responsável pela transformação e desenvolvimento social do futuro professor, assim deve-se ter a consciência de estar abraçando algo que vai exigir uma entrega de corpo e alma. O futuro professor deve buscar o comprometimento com sua prática, para uma educação com qualidade. Educar é acreditar na vida, mesmo que derramemos lágrimas. Educar é ter esperança no futuro, mesmo que os jovens nos decepcionem no presente. Educar é semear com sabedoria e colher com paciência. Educar é ser um garimpeiro que procura tesouros. Logo, quando vemos os alunos que estão no curso de licenciatura e optam pela docência percebemos que tesouros foram encontrados. (SCALABRIN, 2013, p 2). É nessa busca pelo comprometimento que o programa veio trazer uma participação com a docência justamente no ano de 2018 no mês de agosto com a participação de 30 residentes que faziam parte do programa, no qual os alunos foram selecionados pelo coeficiente de rendimento. O projeto tem uma boa divisão relacionada as etapas a serem realizada inicialmente passamos por observação, depois imersão e regência na escola, tendo incluso horas completares nos quais desenvolvemos planos de aulas, estudamos o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, planejamos e executamos gincanas. Sendo esses momentos supervisionados pelo preceptor do projeto que fica na escola de atuação e também pelo professor coordenador do Programa de Residência Pedagógica (PRP). O período de observação e regência de aula no estágio foi de curto prazo relacionado ao necessário. Obtivemos muito conhecimento! Porém ainda poderia ser de maior ganho, mas como relatado por imprevistos essa experiência maior foi perdida. Após o surgimento do programa no ano de 2018, alguns alunos tiveram a satisfação ou insatisfação de não ter o prazer em fazer os estágios I e II tidos como obrigatórios aos cursos de licenciatura, ficando sanados, aqueles que fazem parte do programa residência pedagógica, que de acordo com a Capes 06/2018, p. 2, nos fomenta que: “Art. 5º Será facultado aos estudantes que participarem do Programa Institucional De Residência Pedagógica o aproveitamento de estágios curriculares. Art. 6º O aproveitamento de que trata o Art. 5º poderá ser aplicado aos estudantes que concluírem as 440h previstas pelo programa supracitado e apresentarem todos os relatórios previstos, conforme as especificidades de cada licenciatura envolvida, Art. 7º Os aproveitamentos de que tratam o Art. 5º e o Art.6º serão concedidos apenas após o término da participação do residente no programa. Parágrafo único: o estudante encaminhará o pedido à coordenação de seu curso, apresentando os documentos comprobatórios. A coordenação do curso solicitará, com base nesta instrução normativa, que a Coordenadoria de Registros Acadêmicos do campus efetive os aproveitamentos em questão. Em Contrapartida... Bem, como alguns acadêmicos fizeram parte de ambos tanto o estágio quanto residência podemos dizer que o aluno que passa pelo estágio, adquire conhecimento e experiência, porém não tanto quanto poderia e quanto é proposto. O estágio tem suas precariedades, mas podemos dizer que esse contato é importante para a formação do docente. Em contrapartida entre estagio e residência podemos dizer que o programa não se limita somente à vivência em sala de aula, mas busca constituir uma interação entre pesquisa acadêmica e teoria-prática docente. Os residentes das escolas aqui apresentados, ambos tiveram em constantes encontros para dialogar e refletir sobre as suas abordagens e estratégias pedagógicas utilizadas em sala de aula. Além de participarem de oficinas, elaboração e aplicação de atividades pedagógicas, sobre a orientação de um professor supervisor, a partir de pressupostos vindos das atividades desenvolvidas no espaço da Residência, bem como pesquisa. Podemos resumir por meio desse relato que ambos tiveram grande experiência e importância, pois cabia a cada residente a responsabilidade pelas aulas de Educação Física, juntamente com o professor da escola. Foi nesse momento que tivemos o prazer em saborear e vivenciar à docência de perto e dizer que estamos no caminho certo, uma vez que planejar as aulas e desenvolvê-las fizeram com que tivesse uma significância em nossas vidas. Cada residente durante o tempo de regência pôde observar e vivenciar os desafios presentes na atuação da educação escolar. O programa residência pedagógica foi um agente consolidador, pois nos trouxe meios de preparação, os quais nos ajudaram a aprimorar nosso desenvolvimento acadêmico, o que contribuiu diretamente em nossa futura profissão. Acreditando que o professor exerce o papel de estimular o desenvolvimento intelectual do aluno e facilitar a aprendizagem, procuraram, no transcorrer do programa, sanar as dúvidas que surgiram dos alunos, incentivando-os a buscarem as respostas de suas perguntas por meio da literatura científica para depois discutirem a solução, visando a assegurar uma educação que fortifique a licenciatura, porém percebemos que o estágio deixa a desejar como um dos primeiros contatos do discente com a escola. O programa nos apresentou algumas dificuldades, porém nós residentes deparamos que o programa fez um contato mais amplo e intenso com a sala de aula e com o meio escolar, finalizamos assim o nosso estudo que nos condiz que o estágio não é o que se espera na licenciatura, pois o mesmo é pouco vivenciado. Metodologia O estudo se apresenta com um relato de experiência entre os residentes que tiveram fazendo parte do programa no período de agosto de 2018 a outubro de 2019, ficando alguns residentes ainda como participantes do programa, os mesmos encontravam em duas escolas Escola Estadual Deputado Noberto Schwantes e Escola Estadual Integral Nossa Senhora da Guia, ambas situadas no Município de Barra do Garças – MT. Com objetivo de apresentar uma contraposição do estágio supervisionado com residência pedagógica uma integração do objetivo do estágio dentro dos cursos de licenciaturas e a residência pedagógico como uma grande permissa para o futuro do professor. Considerações finais O propósito deste artigo foi construir uma análise do Programa de Residência pedagógica para a formação de professores com a importância do estágio supervisionado uma forma de construir elementos para que o projeto de resistência, como possível guerra de movimento no atual desenho do Estado e da guerra de posição do estágio. Mostrando que a residência pedagógica, para os acadêmicos aqui representados, teve uma grande importância para a sua inserção dentro da escola. Ficando assim o estágio a desejar dentro do curso de Educação Física do campus Araguaia – MT. Referência AMBROSETTI, Neusa Banhara, NASCIMENTO, Mª das Graças Chagas de Arruda, Contribuições do Pibid para a formação inicial do professores: o olhar dos estudantes. Educação e perspectiva, Viçosa – MG, v.4, n. 1, p.151-174, jan/ jun. 2013. 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PALAVRAS-CHAVE

Formação. Estágio supervisionado. Residência Pedagógica