Universidade Federal de Mato Grosso

LIVRO DIDÁTICO UMA ANÁLISE GEOSSISTÊMICA: PROPOSTA PARA A SALA DE AULA

1DANEIL SANDRO CIPRIANO DA SILVA,2MÁRCIO PINHEIRO MACIEL,3ANDREIA BORGES SILVA,4ALINE NASCIMENTO VASCO,5DELMACI SOUZA DA SILVA
1OUTROS,2OUTROS,3OUTROS,4ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,5OUTROS
danielsancipriano@gmail.com

RESUMO

INTRODUÇÃO: O presente artigo surgiu da análise do livro didático, uma vez que ele é importante no processo do ensino-aprendizagem, como instrumento de auxílio do professor, e muitas vezes, os professores o adotam como o principal articulador do seu planejamento anual. O livro didático precisa no mínimo contemplar as categorias de análise da geografia, numa visão crítica e autônoma, sem se limitar aos ditames perversos do projeto neoliberal, que no mundo globalizado tem se tornado praxe. Não podemos partir do princípio da crítica superficial, sem se dar conta de toda problemática que envolve a educação brasileira. A concepção de abordagem do livro didático no Brasil ganhou novos rumos com a Constituição de 1988 e os programas de distribuição de livros como o PNLD (Programa Nacional do Livro Didático). O artigo foi desenvolvido em quatro partes, sendo que, cada uma delas, diz respeito à maneira de como foi estruturado o trabalho, numa visão crítica, buscando compreender os conteúdos do livro didático, a partir dos estudos de geografia na academia. Nessa perspectiva foi possível encontrar um caminho que viabilizasse a análise do livro, para isso foi consultado uma bibliografia e consultados alguns sites para obter informações e uma proposta didática que possa ser aplicada na sala de aula. METODOLOGIA: os procedimentos metodológicos podem ser divididos em três partes,sendo a primeira parte, a observação do livro, por meio da leitura e análise das partes. Depois, a relação entre os conteúdos do livro didático e análise geossistêmica como possibilidade de integrar os conceitos físicos e humanos para o entendimento da Paisagem e por último uma proposta didática para a sala de aula. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A escola é um lugar de se praticar as atividades sociais, por ser um espaço democrático, é um exercício da cidadania, por isso deveria ser levada mais a sério, o Brasil é um país onde se investe muito pouco em educação, nesse sentido o déficit educacional está presente em todos os níveis do ensino. O livro Didático de Geografia em questão não define uma postura epistemológica, no entanto, traz uma abordagem geográfica com conteúdo que contemplam tanto a geografia humana como a física, numa perspectiva didático-pedagógica. A geografia é uma ciência que desde os seus primórdios esteve ligada ao desenvolvimento do capitalismo, seja no modo de produção ou nas relações de produção e trabalho, isso não significa que ao longo da sua trajetória não foram feitas críticas ao modelo como ela se desenvolvia, nessa perspectiva também a geografia escolar, apresentava de forma tendenciosa contemplando os interesses da classe dominante. No Brasil durante os vinte e um anos de ditadura militar, a geografia foi ensinada sobre a perspectiva do livro didático, ferramenta imprescindível para a alienação das pessoas, uma vez, que seu conteúdo era inspecionado pelo governo antes de chegar às escolas. Isso não significa que correntes contrárias a essas ideologias não existissem, embora reprimidas, no entanto permanecia como resistência. A Geografia não poderia ser vista apenas nos modelos tradicionais, com a emblemática dicotomia determinismo e possibilismo, mas como um suporte de entendimento das diversas maneiras de ver no mundo, seja no humano ou físico, assim surgira na década de setenta a geografia crítica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A análise feita do livro didático em questão é de grande significado para nós como estudantes de geografia, dessa forma podemos constatar no próprio livro, a organização dos conteúdos como é abordada a paisagem e sua análise pelo método geossistêmico. A Geografia escolar tem que estar em conexão com a acadêmica, nós como acadêmico do curso de Geografia estabeleceu esse elo, não ficando restrito apenas aos estágios nas escolas. Os materiais que chegam às escolas são de boa qualidade, exceto alguns, os atuais livros de geografia grande parte contemplam os requisitos, levando em consideração, o papel, as fotos, etc. Dentro de uma visão do materialismo histórico-dialético é possível entender a dinâmica do ensino aprendizagem, num retrospecto favorável, principalmente daqueles que estão participando ativamente do processo educacional, os professores. Sendo assim, é possível trabalhar com o livro didático como ferramenta útil de apoio didático, e ainda contar com outros recursos, os tecnológicos que estão em evidência. O professor deve ter autonomia para escolher o livro didático, afinal é ele quem vai trabalhar durante o ano com os alunos, é possível até uma seleção de livros e escolher mais de um. O livro didático se tornou para as editoras um negócio milionário, e nos últimos quinze anos ele tem chegado a grande número às escolas públicas do Brasil, graças às políticas públicas de incentivo a programas como o PNLD (Programa Nacional do Livro Didático), porém ainda precisamos melhorar muito para atingir os bons índices de educação de qualidade.

PALAVRAS-CHAVE

Livro Didático, Integração, Proposta de Aula.