As trilhas ecológicas não visam somente a transmissão de conhecimentos, mas também propiciam atividades que revelam os significados e as características do ambiente e suas principais características, por meio do uso dos elementos originais presente no ambiente, por meio de uma experiência direta em uma aula prática de campo, sendo assim instrumento básico de programas de educação ao ar livre, podendo ser um elemento efetivo para promoção de educação ambiental e identificação de plantas nativas do Cerrado. Este trabalho teve como objetivo identificar as principais espécies do cerrado encontradas na trilha ecológica no Parque Estadual da Serra Azul. A aula prática foi aplicada aos estudantes do 3º ano do Curso Técnico em Controle Ambiental, pelos residentes do Programa Residência Pedagógica/Biologia. Durante a trilha, os estudantes fizeram anotações de acordo com as características presentes na planta, fotografaram as espécies que mais chamaram a sua atenção durante o percurso. Os estudantes ficaram responsáveis de realizarem o levantamento bibliográfico, identificando as espécies fotografadas na escola-campo com auxílio dos residentes e supervisor. Foram identificadas 15 espécies de plantas nativas do cerrado, pertencentes a 10 famílias botânicas, sendo elas: Fabaceae, Bignoniaceae, Bixaceae, Caryocaraceae, Dilleniaceae, Poaceae, Rubiaceae, Sapindaceae, Solanaceae, utilizadas para artesanato, remédios alternativos, ornamentação, doces e geleias. Ao ministrarmos esta atividade, pudemos concluir a importância das práticas de campo por meio da trilha ecológica como ferramenta de instrumentação do ensino de Biologia, saindo do tradicionalismo da sala de aula do ensino médio, vivenciando a importância biológica e ecológica num laboratório natural, motivando os estudantes a se conscientizarem e terem respeito pela natureza.