Atividade Antimicrobiana e Identificação de Compostos Fenólicos em Óleo de Pequi (Caryocar Brasiliense) Obtido por Extração a Quente
1Carmen Torres guedes,2Marcel Bueno Santana Junior,3Paula Becker Pertuzatti Konda,4Marla Alcoléa,5Renata de Morais Brito 1BOLSISTA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA,2ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,3ORIENTADOR,4MESTRANDO,5MESTRANDO ctorresguedes@gmail.com
RESUMO
O
pequi é um fruto do cerrado brasileiro comumente utilizado na culinária e na
medicina popular. O óleo de pequi é um dos subprodutos mais utilizados desse fruto
podendo ser extraído tanto da amêndoa quanto da polpa. O óleo de pequi é rico
em ácidos graxos insaturados, compostos hidrossolúveis como a vitamina C,
composto fenólicos e saponinas. Esses compostos possuem propriedades que pode
atenuar os efeitos de agentes mutagênicos e cancerígenos. Pensando no aproveitamento
do fruto de pequi, este trabalho teve como objetivo extrair o óleo da polpa de
pequi a quente e avaliar seu efeito antimicrobiano e determinar a composição de
compostos fenólicos presentes. Para isso, o óleo foi extraído da polpa úmida
por extrator de gordura Goldfish a 90ºC. Após a extração, foi analisado
o estado de degradação do óleo em cada ensaio utilizado, através do índice de
acidez pelo método descrito pelo instituto Aldolf Lutz. A caracterização reológica
foi determinada aplicando modelo de Newton para fluidos newtonianos e a
viscosidade foi obtida através do reômetro de modelo Modular- MCR 102. O efeito
antimicrobiano foi determinado pela técnica de difusão em disco de papel de
acordo com as normas M100-S15 e M2-A8 da CLSI para testes de sensibilidade antimicrobiana
por disco-difusão, frente aos micro-organismos Escherichia coli ATCC®
25922TM ,
Streptococus areus ATCC® 25923TM Samonella typgimurium ATCC® 14028TM
e Streptococus pyogenes ATCC® 19615TM
. Foram determinados os compostos fenólicos totais, flavonoides totais e
ácidos fenólicos por HPLC-DAD no extrato hidrofílico da polpa e do óleo de pequi.
O índice de acidez encontrado para todos os ensaios estavam dentro dos parâmetros
exigidos pela legislação brasileira, sendo que o ponto de ensaio 4 obteve o
menor valor (0,08±0,01 g NaOH/100g) deferindo estaticamente dos demais. Não foi
observado efeito antimicrobiano no óleo do pequi em nenhum micro-organismo
testado. O teor de compostos fenólicos totais e flavonoides para o óleo de
pequi foi inferior ao da polpa. Os
resultados de viscosidade dinâmica não apresentaram diferença estatística entre
os pontos de ensaio, e obtiveram bom ajuste para o modelo de Newton aplicando,
classificando o óleo de pequi como newtoniano. Portanto, pode se considerar que
o procedimento do óleo de pequi não interfere na qualidade e no comportamento
reológico podendo ser utilizado o ponto 2 como viscosidade de 56,0±2,5 mPa.s, o
que favorece a fluidez.
PALAVRAS-CHAVE
óleo de pequi- processamento, atividade antimicrobiana, compostos bioativos