Universidade Federal de Mato Grosso

O uso de polietilenoglicol como neomaterial na liberação do corante celular Alaranjado de Acridina

1Luciana do Carmo Paulino Silva,2Carolina Lilibeth Carvalho de Pinho,3Eduardo Luzia França
1MESTRANDO,2DOUTORANDO,3ORIENTADOR
cpsluciana@yahoo.com.br

RESUMO

Os leucócitos são células presentes no sangue e produzidas na medula óssea e no timo, com função de defesa do organismo contra agentes infecciosos. Nos processos fagocitários, faz-se necessário a utilização de um corante para conseguir visualizar tais processos. A coloração do alaranjado de acridina é comumente usada para fornecer informações presuntivas sobre a presença e identificação de microrganismos que podem estar presentes em uma amostra, devido à coloração diferencial, este corante é amplamente utilizado em microscopia fluorescente, emitindo fluorescência verde nas células vivas e laranja nos mortos. Com o objetivo de prolongar esse processo de fluorescência para uma análise mais detalhada, usou-se um polímero, o polietileno glicol (PEG), que tem a capacidade de formar estruturas mais porosas, melhorando a liberação controlada, além da capacidade absorver compostos orgânicos que visam melhorar as funções biológicas. Neste ensaio foram coletadas 12 amostras de sangue periférico, aproximadamente 8 mL em tubos heparinizados. As populações celulares foram então separadas por gradiente de densidade Ficoll-Paque (Pharmacia), as células centrifugadas a 1600 rpm por 40 min, contadas na câmara de Neubauer e as concentrações celulares ajustadas para 2,0 × 106 células/mL. Para esta análise, foram utilizados 0,144 mg/mL de alaranjado de acridina, utilizados como estímulo nas proporções de 100 mg/mL, 100 ng/mL e 100 pg/mL, adsorvidos ou não com polietilenoglicol (PEG). Essas proporções testadas foram relevantes para visualização na imunofluorescência, e concentrações mais altas também aumentaram o período de fluorescência. O ensaio foi realizado com quatro grupos, sendo o primeiro os grupos controle, Células + polietileno glicol (PEG), Células + alaranjado de acridina e Células + polietileno glicol (PEG) + alaranjado de acridina. Na análise de viabilidade, todos os grupos apresentaram-se homogêneos, com índice superior a 90%, mostrando que o PEG não atrapalhou a visualização das células e que o alaranjado de acridina usado na razão mg/mL favoreceu a fluorescência. Na análise reológica, todos os grupos testados não apresentaram alterações, tanto o fluxo (p = 0, 952939) como a viscosidade (p = 0,92461) mantendo o padrão não newtoniano do sangue, nesse sentido conclui-se que a adição de acridina e PEG não influenciou a viscosidade, nem o fluxo sanguíneo, podendo ser usado no processo para prolongar a fluorescência das células.

PALAVRAS-CHAVE

PEG, Alaranjado de Acridina, neomaterial.