Universidade Federal de Mato Grosso

Efeito anti-inflamatório e antiproliferativo do óleo de pequi na próstata de gerbilos 

1Khauara Lima Santos,2Khauara Lima Santos,3Sérgio Marcelino de Oliveira,4Kallyne Kioko Oliveira Mimura
1ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,2ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,3OUTROS,4ORIENTADOR
khauara.lima99@gmail.com

RESUMO

A próstata é uma glândula exócrina, cujo desenvolvimento e funcionamento são regulados pela testosterona. Alterações nos níveis desse hormônio podem provocar lesões proliferativas e inflamatórias, como hiperplasia benigna prostática, prostatite e câncer. Nesse contexto é importante o estudo de plantas medicinais, como o óleo de pequi (Caryocar brasiliense), conhecido popularmente pelas suas propriedades terapêuticas. Assim, esse trabalho teve o objetivo de investigar o potencial anti-inflamatório e antiproliferativo do óleo de pequi na próstata de gerbilos estimulados por testosterona. Para isso, gerbilos machos (2 meses de idade), foram divididos nos seguintes grupos (n=5): Controle (animais intactos), T (administração subcutânea de cipionato de testosterona, 1 mg/Kg, diluído em óleo de milho, em intervalos de 48h durante 90 dias), T+P (doses diárias de 1 mL/kg de óleo de pequi, por 120 dias, iniciando no dia 0, e administração de cipionato de testosterona, com início no dia 30), P (doses diárias de óleo de pequi, 1 mL/kg, por gavagem, durante 120 dias), CT (sham do grupo T) e CP (sham do grupo P). Após a morte dos animais, os leucócitos circulantes foram quantificados por Câmara de Neubauer. Já as próstatas foram processadas histologicamente e coradas com Hematoxilina-Eosina, para análise morfológica, e submetidas à técnica de imuno-histoquímica, para quantificação de células proliferativas (PCNA positivas). A quantificação de neutrófilos apresentou aumento significante no grupo T, em relação ao grupo Controle, e subsequente diminuição após tratamento com o pequi (grupo T+P). Os grupos P, CT e CP apresentaram quantidade semelhante de neutrófilo que o grupo Controle. Já a quantificação de linfócitos, monócitos e eosinófilos não apresentaram diferenças significantes entre os diferentes grupos experimentais, entretanto foi observado nos monócitos e eosinófilos o mesmo padrão que os neutrófilos. A imunomarcação para PCNA mostrou que o grupo T apresentou aumento significante na quantidade de células PCNA positivas, quando comparado ao grupo Controle, e diminuição no grupo T+ P em relação ao grupo T. Nos grupos CT e CP, foi observado diminuição na quantidade de células PCNA positivas em relação ao grupo Controle, enquanto o grupo P apresentou quantidade semelhante. Esses dados revelam que o óleo de pequi possui efeito anti-inflamatório e antiproliferativo, podendo ser considerado uma importante ferramenta para prevenção de lesões prostáticas.

PALAVRAS-CHAVE

Próstata, testosterona, pequi, inflamação, lesões proliferativas, câncer, gerbilo.