A RELAÇÃO ENTRE RESIDENTES E ALUNOS NO PRP NA ESCOLA ESTADUAL
DEP. NORBERTO SCHWANTES EM BARRA DO GARÇAS- MT.
1MARIA EDUARDA PEREIRA DE JESUS,2Larissa Fernandes Farias Toledo pizza,3Pâmela Figueredo Barbosa de Araújo,4Getúlio Momesso Dias ,5Rafael Teixeira de Araújo 1OUTROS,2OUTROS,3OUTROS,4OUTROS,5OUTROS mariaeduarda.pj16@hotmail.com
RESUMO
O presente resumo desenvolve o relato de experiência de acadêmicos do
curso de licenciatura em Educação Física da UFMT que integram o Programa Residência
Pedagógica e são intitulados como Residentes. O Programa Residência Pedagógica
(PRP), é uma das ações da Política Nacional de Formação de professores, que tem
como objetivo o “aperfeiçoamento da formação prática nos cursos de
licenciatura, promovendo a imersão do licenciando na escola de educação básica
exigindo com critérios de participação do programa que o acadêmico esteja na
segunda metade de seu curso.” (CAPES, 2018). A
pesquisa visa trazer a atuação e vivência dos residentes como forma de contribuição
para a área da licenciatura evidenciando a importância da relação entre
residente e aluno e nas contribuições que essa relação traz para o ensino-aprendizado
a partir da imersão na Escola Estadual Dep. Norberto Schwantes. O objetivo foi
analisar o desenvolvimento da relação dos residentes e alunos que participam do
Programa Residência Pedagógica buscando evidenciar como se dá a aproximação e
relação entre ambos a partir da imersão que é o momento de vivenciar o ambiente
escolar e suas dificuldades, conhecer o Projeto Político Pedagógico,
desenvolver planejamentos e aplicar a regência. Dentro da escola-campo, os
residentes têm o acompanhamento do professor da mesma, que é denominado
preceptor, também tem o acompanhamento de um docente orientador que passa as
devidas instruções para os residentes e preceptores buscando também um elo
entre o coordenador institucional, residentes, preceptores, Instituições de Ensino Superior e Ensino
básico. Essa pesquisa discute a importância da relação entre aluno e professor a
partir do Programa Residência Pedagógica, a análise das contribuições e
dificuldades no processo educacional e ensino-aprendizado dos alunos, destacando
também sobre a participação, interação, aceitação e contribuição dos alunos e
professores para o andamento das aulas. Durante o processo da realização do programa
foi possível identificar as dificuldades em estabelecer uma relação com os
alunos que mostraram certas limitações e bloqueios evidenciando resistência em
participar das aulas por terem preferência por práticas cotidianas e culturais
da sociedade o que causou dificuldade quanto à participação coletiva e
desenvolvimento das aulas. Conceição; Souza e Maria (2018). Vygotsky pauta a importância da interação
social e da mediação no processo educacional como fator importante para o
aprendizado do indivíduo tendo o professor como mediador entre o aluno e o
conhecimento sendo responsável por esse desenvolvimento visto que a forma que
se posiciona diante das aulas pode estimular ou desestimular os alunos. Logo, o
ambiente influencia na relação professor-aluno, na capacidade de ouvir,
refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos estabelecendo a criação
de pontes entre o seu conhecimento e o deles. Portanto o professor deve preparar
seus educandos para as mudanças, para a autonomia no mundo, para a liberdade
possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a
formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades
sociais, visto que a relação entre eles influencia significativamente nesse
processo ensino-aprendizado. (BRAIT,2010). Para avaliar essa relação
residente/aluno foram aplicados dois questionários entre os dias 21 e 22 de
Agosto de 2019, com cinco perguntas fechadas, e direcionadas para os alunos do
período vespertino um direcionado para os residentes da referida escola, sendo
elas: 1- Em sua visão como aluno, o programa residência pedagógica teve alguma
importância na escola? 2- Classifique sua relação com os residentes entre ruim,
boa, ótima. 3- Qual sua visão sobre as atividades conduzidas pelos residentes?
4-Você teve alguma resistência em conhecer e participar de atividades que saem
da rotina de suas práticas (principais esportes e atividades que você prática)? 5- No decorrer do ano você passou a ter maior
aproximação com os residentes?
Essas cinco
perguntas foram direcionadas para alunos do vespertino totalizando ao todo 121
alunos onde quatro não quiseram participar e outro questionário foi direcionado
para os 14 residentes da unidade escolar onde três não responderam. E como
forma de análise dos dados foi realizada a tabulação através de (Gráficos de
setores) gerados online a partir das respostas dos questionários que
obtivéssemos uma visão da grande maioria dos alunos que a partir de suas
respostas e da tabulação foi possível perceber que passaram a ter um contanto
maior com os residentes enquanto outra parcela dos alunos não obteve essa
relação de aproximação com os residentes durante o PRP. Podemos analisar as respostas
obtidas a partir do questionário voltado para a participação dos residentes e
com as nossas experiências vivenciadas no decorrer do PRP e dizer que foi de grande
relevância na formação profissional do futuro docente, dando a oportunidade de habituação
ao cotidiano escolar, presenciando seus momentos delicados e desfavoráveis quanto
agradáveis e construtivos por permitir o contato com o futuro campo de atuação.
Quanto aos dados do questionário aplicado aos residentes 81,8% deles
consideraram que o PRP contribuiu na melhoria de sua didática e na relação
professor/aluno, 99,9% consideram boa a relação que tem com os alunos, 67,8% acreditam
que há uma boa relação com os residentes, 81,8% destacam que houve resistência
por parte dos alunos em participarem de atividades que saíram da rotina das
práticas que já estão habituados e 72,7% dos residentes perceberam que no
decorrer do projeto foi possível estabelecer uma maior aproximação com os
alunos. Essa relação residente/aluno também está pautada na desconstrução de
uma educação tecnicista que reflete na visão de uma grande maioria do meio
escolar que ainda entende que educação física é somente aula prática das
modalidades: Futsal, Vôlei, Handebol e Basquete. Trabalhar
atividades que saiam da rotina dos principais esportes é uma das grandes
dificuldades da educação física escolar, a receptividade com novas propostas
mostra que grande parte dos residentes tiveram dificuldades durantes suas
intervenções devido à resistência dos alunos e que 67,8% dos alunos confirmaram ao responderem que
tiveram resistência em participar de novas práticas, 90,7% deles independente
de terem mostrado resistência durante as atividades propostas e no decorrer do
programa consideraram que o PRP teve importância dentro da escola, 67,8%
disseram ter uma boa relação com os residentes, 57,6% consideraram boas às
atividades propostas pelos residentes, 33,9% consideraram ótimas e 8,5%
consideraram ruins. Assim, durante a experimentação com a imersão foi possível
perceber a influência de uma boa relação entre residente/aluno para o
ensino-aprendizado e o papel do professor é primordial na sociedade, pois ele é
um importante agente na construção do cidadão, do senso crítico, de mediador do
conhecimento, Segundo Miranda (2008, p. 2). Observamos que é importante buscar
a afetividade e a comunicação entre ambos, como base e forma de construção do
conhecimento e do aspecto emocional visando à criação de uma relação mais
acentuada com os alunos para alcançar uma melhor participação nas aulas tanto
teórica, quanto práticas resultando em uma maior aceitação por parte dos
escolares em mudanças, mas principalmente na aceitação da participação integral
que propõe a compreensão da proposta de cada atividade.