Com o avanço da tecnologia e a crescente preocupação com o meio ambiente, pode-se observar um aumento considerável na busca por métodos que consumam menos recursos. Temas como a sustentabilidade, bem como o reaproveitamento de resíduos, tem ganhado espaço na busca de garantias da continuidade do crescimento das atividades humanas sem o esgotamento dos recursos naturais. Dessa forma, o presente trabalho tem o propósito de dar finalidade prática a um resíduo gerado durante o processo de soldagem por eletrodo revestido e que hoje não possui formas de reaproveitamento, sendo apenas descartado no meio. Assim, ao aplicarmos o conceito de sustentabilidade ao processo produtivo de soldagem, foi possível criar uma aplicação estratégica e de valor para esse resíduo (pega do eletrodo) ao transformá-lo em uma âncora. Em uma chapa de aço inoxidável, com a técnica de união de liga adequada, uma chapa de aço inoxidável 316 L com dimensões de 18 cm X 05 cm foram ancoradas com a pega do eletrodo revestido ER 308L da marca Esab. Duas pegas de eletrodo com cerca de 4 cm de comprimento, foram devidamente preparadas, com a retirada do revestimento residual e foram transformadas em âncoras. A ideia principal desse novo tipo de âncora é a substituição de engastes hoje feitos com pinos, parafusos e/ou polímeros pela pega do eletrodo soldada, proporcionando assim uma ligação resistente e durável e que garanta melhor resultado final a fixação de pisos em aço inox (pisos táteis) ou até mesmo a junção de materiais conjugados (concreto e chapa inoxidável). Após resfriamento completo as chapas foram submetidas a ensaios de tração. Os resultados foram graficados e tabulados, demonstrando que a técnica de ancoragem utilizando a pega do eletrodo possui uma junção de união com limite de tração superior a 300Mpa. Posteriormente, foi criado o protótipo de um material conjugado a partir da âncora de engaste produzida, o Concrenox. Para o seu desenvolvimento foram preparados traços de concreto adequados com o dimensionamento de agregados graúdos e miúdos visando uma facilidade de inserção do engaste produzido com as pegas de eletrodo revestido. Uma vez produzida a superfície de revestimento do aço inoxidável 316L e suas respectivas âncoras, inseriu-se as mesmas sob a superfície do concreto previamente moldado e aguardou-se o período de cura de 03 dias. Após o período de cura, o material conjugado, foi desenformado e teve suas extremidades cortadas visando apresentar melhor acabamento estético.