Diante da pandemia de COVID-19, a Organização Mundial da Saúde recomendou a adoção do isolamento social. Para isso, houve o fechamento de escolas e restrições domiciliar, o que impactou nas condições de vida de crianças/adolescentes e família. Face à essas repercussões, é preciso assegurar o direito de crianças e adolescentes. Neste sentido, buscou-se relatar a experiência na elaboração colaborativa de uma cartilha educativa sobre o direito de crianças e adolescente no contexto da COVID-19. Trata-se de um relato de experiência de integrantes do Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde/Interprofissionalidade. O processo de desenvolvimento da cartilha ocorreu a partir do Arco de Maguerez, à luz da metodologia da problematização. Portanto, pautou-se pela observação da realidade, definição dos pontos-chave, teorização, levantamento de hipóteses e aplicação à realidade. A cartilha, destinada ao público adulto, é composta por sete tópicos: 1) Direito de estar informado, 2) Direito à Educação, 3) Direito à Alimentação, 4) Direito à Assistência de Saúde, 5) Direito à Saúde Emocional, 6) Direito à Cultura da Paz e, 7) Direito à um Ambiente Seguro. Esta apresenta os direitos e os cuidados necessários à população infantojuvenil. O processo de construção da cartilha ocorreu de forma interprofissional, e possibilitou a aprendizagem colaborativa aos extensionistas. Tal experiência permitiu o desenvolvimento/aprimoramento de diversas competências colaborativas, como a comunicação interprofissional, cooperação em equipe, liderança colaborativa e respeito mútuo. Estas foram fundamentais no processo de criação para avaliar, sistematizar e decidir os elementos mais adequados para compor o material, com base em evidências científicas. Considera-se que esta experiência permitiu o desenvolvimento deste material de ensino e divulgação sobre os direitos de crianças e adolescentes face à pandemia. Além dos impactos sociais, tal vivência possibilitou a aprendizagem interprofissional, essencial para a formação em saúde.