SEMINÁRIO REGIONAL DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA REGIÃO CENTRO-OESTE-SEREX Ano: 2020 Edição: 11 ISSN: 9788-599880661
PROJETO BICHO POR DENTRO: A ANATOMIA
ANIMAL COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO SOCIAL
1Flávio de Rezende Guimarães,2Isabella Cristina Pereira Britto,3Thelma Michella Saddi,4Carlos Eduardo Pereira dos Santos 1COORDENADOR AUTOR,2BOLSISTA DE EXTENSÃO,3TÉCNICO ADMINISTRATIVO,4DOCENTE flavio.r.guimaraes@bol.com.br
RESUMO
O Projeto “Bicho por Dentro”, conduzido pelo Laboratório de Anatomia
Comparada do curso de Medicina Veterinária da UFMT, passou a disponibilizar seu
acervo anatômico de animais silvestres aos visitantes do Zoológico desta
instituição mediante a criação, dentro deste, do Museu de Anatomia de Animais
Silvestres (MAAS), assim como para a comunidade externa, que não tem acesso ao
interior da universidade, por meio de exposições realizadas fora do campus, sejam no município de Cuiabá ou no
interior. O projeto visa, entre outros objetivos, socializar conhecimentos
sobre a anatomia dos animais, despertar o interesse pela ciência e sensibilizar
a comunidade quanto à necessidade de preservação da fauna silvestre. Os
esqueletos são preparados a partir da retirada das grandes massas musculares e
vísceras dos cadáveres; aplicação de técnicas de maceração e clareamento dos
ossos; rearticulação dos ossos de diferentes partes corporais e montagem final.
A logística para a realização dos eventos itinerantes leva em consideração a
quantidade e o tamanho dos esqueletos a serem expostos, a localidade (Cuiabá ou
interior do estado) e as características do local de realização (tamanho do
local do evento e condições locais: Cerrado ou Pantanal, p.e.). Os exemplares
são expostos acompanhados de placas informativas que mencionam diversos
aspectos da vida de cada espécie envolvida. Inaugurado em 2007, o MAAS possui
esqueletos de diversas espécies animais, pertencentes a várias Ordens e
Famílias taxonômicas, tendo o seu acervo sido apreciado por mais de 58.000
visitantes, dos quais 2.500 só no ano de 2019, englobando professores e alunos,
da rede pública e privada, turistas e a comunidade em geral de Cuiabá e de
alguns municípios do interior do estado. O projeto tem obtido êxito, dada à
visitação recebida, ao interesse demonstrado pelos visitantes e por alcançar um
público diversificado e de diferentes localidades, disponibilizando informações
de cunho científico em ambientes estimulantes de educação informal, os quais
também servem de apoio para práticas pedagógicas em locais que não possuem
sequer laboratórios.