Precarização do trabalho e a informalidade no período da pandemia da Covid-19
1Marcos Vinicius Duarte da Silva,2Cleberson Ribeiro de Jesuz 1ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,2COORDENADOR silvavs949@gmail.com
RESUMO
A pandemia causada pelo
novo coronavírus trouxe consigo mudanças drásticas para a população do mundo,
no modo de vida, nas interações entre as pessoas, no cotidiano e principalmente
na adaptação e mudança do trabalho presencial para o teletrabalho, diversos
trabalhadores e trabalhadoras precisaram se adaptar as novas condições e
rotinas para manter seus empregos. O trabalho remoto foi à alternativa adotada
por muitos, no ensejo economicista de diminuição de renda e abertura das
empresas. Mas apesar da adaptação no trabalho, muitas pessoas perderam seus
empregos, trabalhadores assalariados, sem alternativas em meio à pandemia e ao
isolamento social, foram migrando cada vez mais para o mercado informal,
aumentando o numero de pessoas nesse ramo, o numero crescente de entregadores e
motoristas de aplicativos cresceram exponencialmente nos últimos cinco meses
desde o inicio da quarentena no país. Com a pandemia a precarização do trabalho
acentuou as desigualdades presentes na sociedade brasileira, a maior parte das
pessoas não possuíam sequer acesso a internet com desemprego encaram agora
outro empecilho nesse novo cenário mundial, alguns que conseguiram vencer essa
barreira do acesso enfrentam agora os elevados índices de desempregados e a
luta para manter e dar o sustento para suas famílias. No atual cenário, as
empresas de deliverys nunca obtiveram tanto lucro como agora, devido ao
isolamento e as medidas de distanciamento social adotados para prevenir o contágio
do novo coronavírus, as plataformas de entrega de comida e outros passaram a
ser mais utilizadas pelas pessoas tanto para consumo bem como para
entregadores, onde houve um aumento dessa categoria, cada vez mais pessoas
estão trabalhando para elas, uma alternativa e saída para uma renda. Entretanto,
o que foi posto como “rota de fuga” para seu sustento, muitos entregadores passou
e passa a ser explorados por essas empresas, as comissões começaram a baixar; entregadores
bloqueados sem justa causa; e a redução de seus ganhos quase não vale as suas
entregas, tudo sem sequer direitos mínimos trabalhistas.
PALAVRAS-CHAVE
Precarização do trabalho; teletrabalho; pandemia; desigualdade