Universidade Federal de Mato Grosso
#fazendoadiferenca
Ano: 2020 Edição: 11 ISSN: 2594-5106

Precarização do trabalho e a informalidade no período da pandemia da Covid-19 

1Marcos Vinicius Duarte da Silva,2Cleberson Ribeiro de Jesuz
1ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO,2COORDENADOR
silvavs949@gmail.com

RESUMO

A pandemia causada pelo novo coronavírus trouxe consigo mudanças drásticas para a população do mundo, no modo de vida, nas interações entre as pessoas, no cotidiano e principalmente na adaptação e mudança do trabalho presencial para o teletrabalho, diversos trabalhadores e trabalhadoras precisaram se adaptar as novas condições e rotinas para manter seus empregos. O trabalho remoto foi à alternativa adotada por muitos, no ensejo economicista de diminuição de renda e abertura das empresas. Mas apesar da adaptação no trabalho, muitas pessoas perderam seus empregos, trabalhadores assalariados, sem alternativas em meio à pandemia e ao isolamento social, foram migrando cada vez mais para o mercado informal, aumentando o numero de pessoas nesse ramo, o numero crescente de entregadores e motoristas de aplicativos cresceram exponencialmente nos últimos cinco meses desde o inicio da quarentena no país. Com a pandemia a precarização do trabalho acentuou as desigualdades presentes na sociedade brasileira, a maior parte das pessoas não possuíam sequer acesso a internet com desemprego encaram agora outro empecilho nesse novo cenário mundial, alguns que conseguiram vencer essa barreira do acesso enfrentam agora os elevados índices de desempregados e a luta para manter e dar o sustento para suas famílias. No atual cenário, as empresas de deliverys nunca obtiveram tanto lucro como agora, devido ao isolamento e as medidas de distanciamento social adotados para prevenir o contágio do novo coronavírus, as plataformas de entrega de comida e outros passaram a ser mais utilizadas pelas pessoas tanto para consumo bem como para entregadores, onde houve um aumento dessa categoria, cada vez mais pessoas estão trabalhando para elas, uma alternativa e saída para uma renda. Entretanto, o que foi posto como “rota de fuga” para seu sustento, muitos entregadores passou e passa a ser explorados por essas empresas, as comissões começaram a baixar; entregadores bloqueados sem justa causa; e a redução de seus ganhos quase não vale as suas entregas, tudo sem sequer direitos mínimos trabalhistas.

PALAVRAS-CHAVE

Precarização do trabalho; teletrabalho; pandemia; desigualdade