O movimento da Economia Solidária no Brasil tem se utilizado da estratégia da construção de redes para o seu desenvolvimento. O presente artigo apresenta a evolução de redes que se entrelaçaram para a construção de contratos sociais sedimentados em relações econômicas solidárias e fraternas, visando a igualdade de direitos e a liberdade pública e social. O objetivo deste artigo é apresentar o atual estágio da Rede de Cooperação Solidária da UFMT, criada a partir da execução de um programa de extensão intitulado Rede de Cooperação Solidária de Mato Grosso (RECOOPSOL). A metodologia utilizada no desenvolvimento dessa rede é a Tecnologia Social “Sistema Integrado de Inovação Tecnológica Social – SITECS”, um processo de atuação sistêmica, em rede, que envolve o setor acadêmico, empreendimentos, entidades privadas de incubação, empresas de comercialização e setores governamentais. O programa de extensão é composto por 13 projetos, sendo 11 projetos de extensão e 2 projetos de pesquisas. Em uma perspectiva multidisciplinar, essa rede, já contou com a participação de discentes, docentes, técnicos e pesquisadores associados das diversas áreas do conhecimento, tais como, Administração, Agronomia, Ciência da Computação, Ciências Sociais, Comunicação, Contabilidade, Economia, Engenharia de Alimentos, Engenharia Florestal, Filosofia, Geografia, História, Jornalismo, Nutrição, Psicologia e Saúde Coletiva. Assim é possível afirmar, que o desenvolvimento dessa rede tem permitido a interiorização da missão universitária, por meio das bases de um contrato “acadêmico”, de formação de uma Rede Solidária no interior da universidade. Assim, a Rede de Cooperação Solidária da UFMT busca na interação com outras redes solidárias integrar-se internamente e auxiliar na produção de conhecimentos e inovações tecnológicas e científicas que contribuam significativamente para o desenvolvimento regional, missão da UFMT, transformando a extensão universitária em uma ação educadora na perspectiva freiriana.