A pandemia de COVID 19 tem suscitado à sociedade mudanças comportamentais e aos profissionais de saúde a necessidade de repensarem novas práticas com ressignificação de saberes e fazeres à nível de atenção primária e nos demais níveis de atenção à saúde. Nessa perspectiva, a educação em saúde para o autocuidado é uma estratégia que pode contribuir com a população para aquisição de conhecimentos e implementação de ações no enfrentamento a COVID 19. O PET Saúde Interprofissionalidade – Comunidades Tradicionais subsidiado nos cuidados culturais em saúde desenvolvidos pelas famílias residentes nos Distritos de Nossa Senhora da Guia e do Aguaçú – MT, identificou um arsenal de plantas medicinais utilizadas como terapêutica complementar pelas mesmas. Subsidiado nestes saberes tradicionais, foi elaborada uma cartilha educativa, na qual ocorre o intercambiamento entre a educação popular em saúde com o conhecimento técnico da academia, este material visou valorizar e reconhecer as práticas culturais utilizadas pelas comunidades tradicionais no autocuidado à saúde, orientando quanto ao uso seguro das plantas medicinais e apontando as chamadas “fake news” sobre o uso e indicação das mesmas. Essa produção se deu à nível interprofissional, contendo saberes de várias profissões envolvidas no PET, como a Enfermagem, Medicina, Nutrição e Serviço Social, legitimando a importância e necessidade da interprofissionalidade para que o cuidado à saúde seja efetivo e eficaz no enfrentamento à esta pandemia. O PET Saúde Comunidades Tradicionais através das ações de extensão, vem reafirmando a integração universidade – serviços de saúde e sociedade, assim como, que a educação em saúde é a estratégia mais eficaz para esse processo integrativo ocorra com dialogicidade, respeito, reconhecimento e valorização da educação popular em saúde materializada pelos saberes e fazeres culturais, elementos importantes para a construção social da saúde.